Península Valdés, 16 a 18 de novembro de 2011.
Finalmente seguindo viajem. Já estávamos ansiosos. Como eram muitos kilometros até a península, paramos no camping municipal de Bahia Blanca. Uma estrutura maravilhosa para a população veranear, com um piscinão gigante, várias churrasqueiras e um simpático guarda que nos mostrou toda a estrutura, como funciona o processo para encher a piscina com água do poço e se falta água eles completam com água do mar. O nome desta cidade a beira mar se dá por causa das salinas que cobrem a areia que é meio lodosa, deixando uma camada branquinha. Durante a noite pode se ver as chamas das chaminés das indústrias petroquímicas que ficam na beira da Bahia. Não é uma das praias charmosas para se visitar.
A península é uma reserva onde você pode ver elefantes marinhos, baleias, golfinhos, pinguins, lhamas, tatus, entre outros, A entrada é paga, aprox. R$35,00 por pessoa, lá tem uma pequena vila com estrutura de camping e pousadas. Fomos até Punta Pardales onde finalmente encontramos os poloneses Kris e Magdalena, você lembra aqueles que havíamos encontrado no Uruguai. Era noite e não podíamos ver muita coisa, lá não tem nenhuma estrutura, apenas praia e nós. Queríamos ir até o mar, mas a Magda me alertou, ali não é uma prainha, isso é um rochedo que cai direto no mar e é fundo, fomos à noite à beira das rochas e a sensação era assustadora, escuro total e o barulho dos esguichos das baleias que estavam muito próximas, mas não podíamos ver, só escutá-las no meio da escuridão, estava ansiosa para vê-las durante o dia. Dormi muito tensa, pensando se a água do mar iria subir, pois acampamos na beira dos rochedos e próximos à praia e, ao que tudo indicava, a água chegava até ali. Não chegou, é claro, mas foi bem próximo.

Costão e mar! Uma bela queda na praia de Punta Pardales
Acordei muito cedo para ver as baleias. Fui para beira dos rochedos, escutava, mas olhava para o horizonte e não avistava nada, de repente olhei para baixo e elas, mãe e filha estavam ali a poucos metros de mim, descansando, se não fosse o brilho do sol que estava muito intenso com certeza poderia vê-las com muito mais clareza, mas cada vez que elas emergiam era uma emoção. Acho incrível como em poucos segundo, ali sozinha naquela calma, apreciando tamanha beleza da natureza, de repente surgem grupos de turistas em bando com suas câmeras, de onde eles saem assim tão rápido?

Sorriso da baleia em Punta Pardales

Hanna e a baleia
Durante o dia a Punta Pardales é um lugar de outro mundo, parece que estamos andando na lua. Não tem areia, só um chão de sei lá o que branco, com craterinhas arredondadas e, de repente, um penhascão com água do mar azul esverdeada, porém cristalina. Dá pra ver alguns metros abaixo da água, tudo muito lindo.

Hanna em Punta Pardales
Aproveitamos o dia para ir a outros lugares da península, visitamos lagos secos de sal, praias com pingüins de Magalhães, são tão fofos, fazem toquinhas nos costões de areia para colocar seus ovos, é incrível como eles sobem rápido pelos costões com suas pequenas patinhas.

Salina de Península Valdés

Pinguins de Magalhães
Vimos elefantes marinhos enormes tomando banho de sol, e de repente aparecem as orcas, muito próximos da beira em busca de algum elefante marinho para o almoço, mas não tivemos a oportunidade de assistir nenhum ataque desses exímios caçadores, acho que já estavam bem alimentados, queriam só fazer presença. Nas empoeiradas estradas da península, muito cuidado, é muito comum que lhamas cruzem na frente do carro. Enquanto você cozinha, graciosos tatus te rodeiam em busca de comida, mal sabem eles que pra muitos eles dariam uma deliciosa refeição.

Elefante marinho, morgado na praia

A orca na espreita
No fim do dia voltamos para Punta Pardales e ficamos apreciando um pouco mais das graciosas baleias saltando ao mar. O dia seguinte estava ensolarado, a maré estava alta e os rochedos entrecortados se transformavam em lindas piscinas para banho. Banho frio, muito frio, mas o Julio se arriscou a dar uns mergulhinhos. Claro que ninguém se arrisca a nadar diretamente no oceano junto com as baleias.

Julio dando um mergulhinho na água gelada!
Kris e Magda foram fazer um passeio de barco e retornaram com um casal de húngaros, Timi e Gogu, eles estão viajando de lua de mel pela argentina e resolveram passar a noite conosco em Puerto Madryn.

Galera junta: Julio, Magda, Kris, Timi e Gogu. A Hanna está detrás das lentes.
Puerto Madryn, 18 a 21 de novembro de 2011.
Compramos suprimentos para uma churrascada e fomos acampar na simpática praia de Doradillos. No fim da praia tem pequenas cavernas formadas pelas ondas do mar, muito bonitas, mas fedem por causa das algas que ficam presas lá dentro. Durante o dia recebemos a visita de alguns flamingos à beira mar.

Flamingos em Doradillos

Cavernas em Doradillos
No fim do dia deixamos o casal de húngaros na rodoviária e fomos passear pela cidade, que por sinal não tem nada muito interessante, porém tem a maior quantidade de pizzaria que já vi em uma cidade. Aproveitamos para fazer a revisão do carro na concessionária e ficamos impressionados, muito mais barato que no Brasil e segundo eles nosso carro está em ótimo estado, ficamos muito contentes. Nosso carregador do computador faleceu e procuramos um novo por toda cidade e não encontramos. Ficamos três semanas sem poder escrever.
Começamos a planejar nosso próximo passeio acompanhado dos polacos. Nossa idéia era ir com eles até o Ushuaia, mas eles já haviam passado por lá, e disseram que não havia nada muito interessante no caminho, então resolvemos fazer um roteiro diferente, descer pela Carreteira Austral no Chile. Ótima ideia, desde que havíamos esquecido de colocar a Carreteira em nossos planos.
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