Norte da Argentina

Norte da Argentina, 8 a 13 de outubro de 2011

Entramos na Argentina por Clorinda. Lembrete: na fronteira sempre peça para te darem todos os documentos, pois eles vão sonegar as informações o máximo que puderem para que você se ferre. Peça carimbo no passaporte, comprovante para o carro e pergunte se realmente não falta nada! Fomos em direção a Corrientes e, nos muitos quilômetros de estrada fomos parados muitas vezes por policiais, o atraso com essas paradas nos deixou muito cansados e tivemos que parar para dormir no caminho. Sentimos-nos como um parasita mal visto no país.

É bem provável que policiais tentarão te extorquir no Paraguai e Argentina. Caros viajantes, não dêem em hipótese alguma dinheiro a esses policiais corruptos, sabemos que às vezes é chato o tempo que eles nos fazem perder, mas se você tem certeza de que está munido de todos os comprovantes e equipamentos necessários para viajar, eles não vão poder fazer nada contra você. Em ultimo caso peçam a multa, que não é paga na hora, ela deverá vir pelo correio, ou ele entregará um boleto de cobrança. Esta é uma das melhores saídas, eles evitam dar a multa, pois terão medo que você os denuncie, pois em geral eles vão encontrar motivos que não existem na lei, e a multa fica inviável de ser descrita de acordo com o que eles pedem. Mas nunca dêem dinheiro, com isso você estará colaborando para que essas extorsões tenham sucesso. Tenham também sempre a mãos o número do consulado ou embaixada para consultar sobre tais procedimentos, isso ajuda a intimidar. Duas situações práticas que passamos: disseram que era proibido ter a barraca automotiva na Argentina, depois pediram um documento de licenciamento, só que no modelo argentino, alegando que o brasileiro não era valido. Pura besteira! Os únicos policiais que nos sentimos realmente seguros são os da gernendaria nacional, vestem roupa verde. Os outros, de vestes azuis, fiquem atentos.

Depois de rodar, rodar e rodar procurando por um hotel com preços acessíveis, decidimos dormir num posto de combustível. Foi uma das melhores idéias que tivemos, gratuito e com banho quente, coisa que já estávamos com saudades, pois a maioria dos campings esquecem deste pequeno detalhe. Durante o nosso sono tranquilo, fomos despertados pela maior tempestade que tivemos na viajem, ficamos contando os segundos para ver se os raios não estavam próximos de nossas cabeças, afinal, quando se dorme em uma barraca em cima do carro, você acaba se sentindo muito mais exposto nessas situações. Fora os clarões da noite, nos sentimos seguros dormindo em meio a muitos caminhoneiros.

Hotel 5 estrelas

Em Salta, nos surpreendemos, achamos que a cidade era um pouco menor, e que não haveria tanta pobreza. Tinha um morro muito peculiar que estava bem seco e no por do sol parecia um morro de pentelhos… hehehe muito engraçado. Tivemos uma parada rápida no shopping da cidade. Motivo: estacionamento seguro, caixas automaticas e comida com higiene. E para nossa sorte, encontramos um restaurante de cozinha andina. Que DELICIA, dava vontade de ficar por lá uma semana para poder experimentar todos os pratos e sobremesas. Como tínhamos pouco tempo nesta região resolvemos pular a parte dos monumentos históricos e museus para seguir direto para a região de Jujuy.

Salta vista de cima

Viagem linda em meio as montanhas, no caminho montanhas verdes cobertas por matas começam a ter uma vegetação mais escassa até que expõem somente as rochas. Rochas de várias formas e cores. Para cada canto que se olha dá vontade de parar para tirar fotos. A paisagem exuberante é recortada por um rio seco, com um pequeno filete de água no meio.

Fomos direto a Humahuaca, uma cidade pequena e muito agradável com muitas lojinhas de artesanato e roupas andinas. No centro tem uma grande escadaria que leva ao monumento a independência, lá em cima o visual da cidade se mescla com o visual das montanhas rochosas dos andes.

Comercio de Humahuaca

Vista do monumento

Florzinha do cactos

Vista do outro lado

Dormimos em Tilcara que parecia ser uma cidade muito pobre, tudo com cor de areia, e parecia difícil encontrar um lugar para se comer. Grande engano, a noite você parece estar em outra cidade, um lugar com muitos bares e restaurantes bem arrojados, feiras coloridas, música ao vivo e o delicioso cheiro de comida andina.

Em Tilcara pode-se encontrar o monumento mais interessante da região, o Pucara, que são ruínas de uma fortaleza criada pelas civilizações pré-hispânicas. A pirâmide principal foi construída a pouco tempo em homenagem a um arqueólogo, porém as ruínas ao redor e a floresta de cactos gigantes em meio as montanhas tornam a paisagem pitoresca em algo fenomenal, ou como a Hanna fala: fodástica. Aqui nós realmente perdemos o fôlego, e não foi só por causa da altitude. Vimos muitos cactos gigantes, de até mais ou menos 5 metros de altura.

Pucara

Ruínas em Tilcara

Cactos gigantes!!

Bom, pela dificuldade de expressar tamanha beleza em palavras, segue mais algumas fotos da região.

 

Perigo nenhum... quedinha de 200 metros...

Hanna na linha do Trópico de Capricórnio

Até os cactos curtem rock!!!