Puerto Varas e Frutillar

Puerto Varas, Puerto Montt e Frutillar, 21 e 22 de janeiro de 2012

Fronteira Chile x Argentina. O lado argentino estava com muitas cinzas e com muita sorte o lado chileno não!!! Os argentinos estavam “enojados”, mas o que fazer contra a mãe natureza? Segue uma foto só pra ter noção.

Tristeza com as cinzas na fronteira Chile x Argentina

Voltamos finalmente ao Chile! Já estávamos ansiosos para encontrar com esse povo honesto e despretensioso. Simplesmente adoramos o Chile e os chilenos. Estávamos indo em direção à cidade de Osorno quando avistamos um vulcão gigante. Não pensamos duas vezes, fomos direto à ele. O caminho é asfaltado e vai até quase a metade do vulcão. No caminho encontramos alguns skatistas que estavam descendo pela serra, a maioria meninas. Essa foi nossa primeira vez ao pé de um vulcão, assusta pensar que dali sai uma força tão grande da natureza que modifica toda a paisagem ao seu redor, mas ele estava quietinho, tranquilo, esperando por nossa visita.

Vulcão Osorno!

Coincidentemente, assim que chegamos, o Julio encontrou com um colega que trabalhou com ele no Brasil, o Mario, um chileno extraordinário. Ele estava fazendo doutorado na UFSC, mas agora retornou ao Chile para trabalhar, é sempre bom encontrarmos com conhecidos, mesmo que por pouco tempo. Na descida, a galera dos skates nos pediu um pouco de água, paramos para conversar com a gurizada, que se divertiu fazendo milhares de perguntas sobre a viagem e nos deram o adesivo do seu grupo, chamado “DH to the bones” (DH = down hill).

Momento à dois em frente ao vulcão

Julio e Marcelo no vulcão Osorno

Chegamos a Puerto Varas, o céu estava limpo e o sol radiante e a cidade é encantadora. A lagoa cheia de banhistas, o clima agradável e de fundo parecendo um papel de parede o vulcão Osorno. Que sem graça…

Vista da bahia de Puerto Varas

Hotel com hortências! Lindo!

Claro que não é possível associar tudo isso a bons preços e resolvemos dormir em Puerto Montt, cidade portuária e feia. Comemos um lanche meia boca e ficamos em um hotel de mulheres trabalhadoras, mas trabalharam toda a noite, era um cliente atrás do outro, chegava a tremer a parede do quarto, enquanto o Julio e o Marcelo tinham bons sonhos eu estava tentando pegar no sono, mas o barulho não parava. Quando finalmente consegui dormir comecei a ter pesadelos, imaginando que o Julio estava no quarto ao lado. Foi uma noite de horrores. O nível do hotel não precisa nem descrever, vou deixar que a imaginação de vocês trabalhe um pouco.
Voltamos a Puerto Varas, 10 da manhã e os três querendo participar da festa da cerveja que estava em seu último dia. Estava apenas começando, na realidade nós éramos os únicos clientes, as tendas ainda estavam por abrir. Assim que abriram começou a maratona de degustação, pale ale, brow ale, stout, duplo malte, etc… que delícia. Pão com salsichon e chucrut, cucas, pastéis de queijo para o vegetariano, fizemos a festa.

Marcelo e a pica de Jurgen

Nós, brasileiros, conversamos com quase todas as tendas, o pessoal tirou várias fotos conosco e começamos a adorar a festa muito mais do que esperávamos.

Prositfest!! E a felicidade do malandro!

Mas ainda tínhamos que visitar a cidade, e assim fomos, alegres, com aqueles chapéus ridículos de papelão da festa. Passeamos pela costaneira, apreciamos uma galera fazendo manobras para um campeonato de bicicletas e visitamos o museu Pablo Fierro, bem legal, lá encontrei uma menininha bem maluquinha que começou a contar vários mistérios que existiam ali dentro, ela me guiou para descobrir esconderijos de objetos e balas, muito mais interativo do que esperávamos. Não sei por que, de repente, o Julio e o Marcelo estavam no telhado do museu apreciando a vista.

Julio no Museu Pablo Fierro

Janelinha do museu!!! Que lindinho!

Citroen 3CV de Pablo Fierro

Julio e Marcelo no teto do museu.

Depois nos divertimos com cachorros de rua e voltamos para a festa da cerveja, hehehe, tava bom demais, conhecemos dois ciclistas argentinos malucos que conversamos um pouco sobre tudo e nada e sobre coisa nenhuma. Voltamos à sanidade e seguimos para Frutillar. Lá, ficamos em um camping cheio de patos famintos, comecei a dar comida para eles e lembrei que tinha um pacote de pipoca que já estava ficando um pouco velha e fiz pipoca para os patos, mas o Julio e o Marcelo pensaram que era pra eles e ficaram indignados quando viram que eu estava dando pipoca para os patos.
A cidade é muito pequena, mas encantadora. Com casas estilo alemão e muitas flores nos jardins, além de um teatro de dar inveja em qualquer grande cidade. Para nós, foi a cidade mais linda que encontramos durante a viagem. Almoçamos e seguimos viagem até Pucon.

Segue umas fotinhos de Frutillar! Que linda!