Cusco, 28 de fevereiro a 3 de março de 2012
A caminho de Cusco passamos por lindos vales com montanhas verdes e rios caudalosos, digno cenário de filme. Chuva e sol nos acompanharam durante todo o caminho que estava tão lindo que queríamos achar um lugar para ficarmos. Encontramos pequenas vilas que pareciam viver paradas no tempo, infelizmente não achamos hospedagens, pelo menos não com garagem. Continuamos nosso trajeto, mas estava começando a anoitecer e resolvemos buscar então um lugar onde pudéssemos acampar. Encontramos um lugar próximo de um muro de pedras, jantamos e dormimos na nossa deliciosa barraca, estávamos com saudades de nossa cama, nossos travesseiros, foi uma noite muito agradável, fazia muito tempo que não dormíamos tão bem. Mas a surpresa veio na manhã seguinte, acordamos em meio a enormes muralhas de pedras, provavelmente construídas pelos incas, ficamos muito emocionados, as ruínas ficavam em meio a um lindo vale. Nunca imaginaríamos passar por isso, ficamos super empolgados.
Depois deste “up” chegamos a Cusco. Procuramos um camping para ficar na cidade. Apesar das estadias aqui no Peru estarem muito baratas, há momentos que necessitamos ficar em camping, fazer uma fogueirinha, acompanhado de um vinho e violão, porém queríamos garantir um banho quente e um lugar seguro. O GPS nos deu uma direção de um camping em Cuzco, seguimos por uma estrada de chão que começou a ficar cada vez mais estreita e, de repente, nos demos conta que provavelmente não teria camping por ali. Resolvemos retornar para a cidade. Continuamos naquela pequena trilha a procura de um lugar para dar a volta no carro. Achamos um lugar, com pouco espaço, o Julio começou a insistir em dar a volta onde não era possível, fiquei avisando que não dava, mas ele continuou a insistir, pedi então para que ele visse com os próprios olhos onde ele estava tentando dar a volta, foi aí que tivemos um dos maiores sustos da viagem. O pedal de freio soltou e o carro começou a descer a ladeira. O Julio foi muito ninja e conseguiu entrar no carro correndo a tempo de evitar um grande desastre. Provavelmente se ele não tivesse conseguido essa façanha com certeza o carro teria virado em um barranco, nossas pernas ficaram bambas com tanta adrenalina. Mais uma vez a sorte nos acompanha.
Buscamos um hotel fora do centro, pois as ruas eram bem estreitas. Sinceramente, é um saco parar para procurar estadia, pois a maioria não tem garagem e os que têm, possuem algumas estrelinhas a mais que fogem de nosso orçamento. Arriscamos um hotel sem estacionamento, em uma rua sem saída, aparentemente bem tranquila. Apesar de o carro estar estacionado em frente à janela do nosso quarto, não foi o suficiente para intimidar um ousado ladrão. Claro que o alarme tocou e ele saiu correndo como uma lebre saltitante. Bem debaixo de nossos narizes. O pessoal do hotel conseguiu um local para estacionarmos, onde eles tinham um conhecido que possuía um terreno com um bar que vendia diferentes tipos de bebidas, o dono era fanático pela cachacinha do Brasil e se divertiu tomando uns traguinhos com o Julio. Diferente do boliviano, que é um povo bem fechado e desconfiado, o peruano é bem mais amigável e prestativo. Com certeza para quem vem ao Peru, não vão faltar momentos para agradáveis conversas.
A cidade de Cusco realmente nos encantou com suas lindas igrejas de pedra e casas coloniais. A cidade é uma mistura de ruínas incas com a cultura européia. Bonita, mas tentamos imaginar como deveria ser este império antes do domínio europeu. Nos museus é possível ver algumas maquetes para se ter uma noção, mas maquete não tem vida, como seria o comercio, as pessoas, seu dia a dia. Como seria o futuro deles sem a colonização? Como seria Cusco? Não sei se melhor, mas com certeza muito diferente. Para visitar a maioria dos museus e ruínas é possível comprar um ingresso único, com duração de dez dias. Isso fica bem mais em conta e economiza tempo com os tramites de entrada. A visita ao circuito de ruínas é memorável, apesar de todas serem de pedras, são totalmente diferentes uma das outras. Sem contar os vales até chegar às ruínas que são muito lindos.
Visitamos as ruínas de Sacsayhuman, com paredões de pedras gigantes meticulosamente encaixadas umas nas outras como um jogo de Tetris. Difícil imaginar a força necessária para fazer este suntuoso trabalho.
Em Kenko, tem uma caverna de sacrifícios, uma pedra para adoração e um auditório.
Depois vem uma ruína que é um forte em meio a montanhas. Ruínas com encanamento de água que ainda funciona, ruínas com escadas de cultivo que modificam montanhas. Ruínas que são círculos em diferentes níveis para tratar de averiguar quais as melhores altitudes dos produtos que queriam cultivar.
Depois de todos esses passeios você já se sente satisfeito e pensa, nossa isso tudo já e demais e ainda tem Machipichu. Em Ollantatambo apreciamos as ultimas ruínas do circuito e ali terminava nosso caminho de carro. Depois só pegando o Trem ou uma longa trilha de vários dias. Existia um caminho de carro que chegava ate Águas Calientes, mas este caminho estava bloqueado por deslizamentos, que sempre ocorrem nesta época do ano que e temporada de chuvas. Claro que fomos de trem.
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Julio e Hanna.
Que bom que a viagem de voces segue com os encantos , que nós também gostamos.
Lindas fotos.
Feliz viagem e não deixem de fotografar essas belezas andinas.
Um abraço amigo.
Helena
( Havíamos nos encontrado em Calama, em fevereiro, de toyota bandeirante, somos de Caxias do Sul)
Oi Helena,
Que bom que estás acompanhando! Como foi a viagem de vocês? Deu tudo certo?
Um abraço a toda a família.
Julio e Hanna
oi lindos. que maravilha de lugares hem!!!!! ´´é tudo muito lindo. que vontade de estar com voces. beijão da mãe