Cochabamba

Cochabamba, 18 a 20 de fevereiro de 2012

O objetivo era sair de Sucre até Oruro, para participar do carnaval mais famoso da Bolívia. No caminho passamos por diversas comunidades muito pobres e muitas crianças se encontravam à beira da rodovia para pedir dinheiro. Na entrada da cidade diversos bêbados cruzavam a estrada cambaleando, a festa deve ter começado cedo. A entrada da cidade é horrível, muito lixo, ruas mal pavimentadas e a muvuca de pessoas loucas ao extremo nos desanimou.

Procuramos por estadia e estavam ou lotadas ou muito caras. Acreditamos que a cidade deva ter um centrinho bonitinho que não chegamos a conhecer. Tudo que vimos foi sujeira, casas e edifícios terríveis. Decidimos seguir viagem até Cochabamba, esse foi um grande risco. Não tínhamos ideia que seria tão perigoso, a estrada parece uma infinita Serra do Rio do Rastro, com pouquíssimos lugares para ultrapassagem. Era noite e com motoristas loucos. Todos usavam a luz alta do farol, dificultando muito a viagem. Acho que a ultima coisa que eu faria na Bolívia era pegar um ônibus, esses eram os piores. Imagino o pânico dos passageiros dentro deles. Eles ultrapassavam sem se importar com nada, jogando os carros da pista contraria para o acostamento, em meio a curvas. Nunca vi tanta imprudência no transito. Acho que foi a viagem mais tensa da vida do Julio. Total falta de respeito.
Finalmente chegamos a Cochabamba, enfim uma cidade legal. Aproveitamos para passear bastante, nos lembrou muito algumas cidades do Brasil. Nos sentimos um pouco em casa. Como era feriado, os pontos turísticos da cidade estavam fechados, então aproveitamos para curtir restaurantes, cinema, organizar um pouco nossas coisas. Tivemos momentos bem agradáveis na cidade, que estava muito pacata, pois devido ao feriadão, a maioria da população estava fora.

 

Essas casinhas que por fora a gente não dá nada

 

Uma tradição do carnaval e decorar as casas com balões e guerra de água e espuma. Acho que 80% da população participam. Todos têm uma sacolinha com bexigas de água para jogar em quem esteja distraído. Algumas são bem doloridas, pois vêem de edifícios. Se você resolve passear pela cidade, e bem provável que você será uma vitima. Isso quando não passam pessoas de carro te jogando spray de espuma. E não são apenas as crianças que fazem isso. Mas também existem as armas de água. Da bexiga ainda da pra desviar, mas na armas eles têm uma ótima pontaria. Para quem gosta, e uma ótima diversão. ups, não e o meu caso, que fujo de água assim como o diabo foge da cruz.

Plaza de Armas de Cochabamba

Stencils de Cochabamba